Venho pelo presente dar-vos a conhecer o projecto diferente que pretendemos implementar no Conselho Distrital de Lisboa.
Atenta a actual situação da Ordem em particular e da Justiça em geral, mas e sobretudo, tendo em conta as graves necessidades que atravessam os Advogados, decidimos apresentar um projecto autónomo e independente para os órgãos distritais de Lisboa.
Esta é aliás uma prática que tem sido seguida há muitos anos e com resultados assinaláveis ao nível dos outros Conselhos Distritais, mas pouco frequente em Lisboa, onde, tradicionalmente, as listas aparecem integradas em candidaturas nacionais.
Estive três anos à frente de uma equipa fantástica a desenvolver um projecto muito aliciante no Conselho de Deontologia de Lisboa.
Durante este período reorganizamos todo o Conselho, e, não obstante um aumento de 50% do número de participações os processos pendentes são metade dos que recebemos em 2008
Assumimos o compromisso da celeridade e cumprimos!
Depois da turbulência sentida na Ordem ao longo dos últimos três anos, vários colegas entenderam que este trabalho se deveria estender ao Conselho Distrital de Lisboa.
A situação que actualmente se vive caracterizada por um lado, por um profundo divórcio entre os Advogados e a sua Ordem e por outro por um clima de desentendimento interno que é do conhecimento de todos tem, de uma vez por todas, de acabar.
A Ordem, tem de voltar a acolher os Advogados no seu seio, tem de estar disponível para ouvir as suas sugestões, aspirações, preocupações e reclamações, tem de estar mais próxima de todos os Advogados, tem de com eles se identificar.
Não pode continuar alheia, arrogantemente distante, sob pena de perder definitivamente a legitimidade e razão de existir.
Os Conselhos Distritais, mais do que terem a preocupação de se pronunciar sobre temas nacionais, deverão ser um instrumento fundamental nessa proximidade aos advogados
Devem exercer as suas competências, na esfera territorial que lhes pertence, deverão agir em prol dos Advogados e no respeito dos demais órgãos da Ordem
É por isso, caros colegas, que as nossas propostas, que poderão ser consultadas em www.ordemparaagir.com não são propostas Nacionais, não são propostas cuja execução esteja dependente de terceiros ou de alterações legislativas – são propostas para os Advogados do Distrito de Lisboa.
São por isso propostas por cujo cumprimento assumimos inteira responsabilidade, pois respeitam as atribuições próprias do órgão e não estão dependentes de mais ninguém.
Foi isso que fizemos no Conselho de Deontologia. É isso que queremos fazer no Conselho Distrital de Lisboa.
Um programa claro, simples, exequível, passível de avaliação e de prestação de contas, que assenta num objectivo único e confessadamente ambicioso - o de aproximar os Advogados da Ordem, tornando-a mais útil, mais solidária e mais forte.
Temos uma equipa na qual convivem colegas com alguma experiencia na Ordem, com colegas que estando distantes e que nunca tendo participado em qualquer órgão, sentiram que não podem ficar parados, que está na altura de termos uma Ordem para agir!
Contamos com todos sendo que, agora como no passado, os colegas poderão naturalmente contar connosco!
Pedro Raposo
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