Acreditar nos advogados, Confiar na deontologia

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25/11/10

Advogados, amanhã é o dia.


Retirado da Biblioteca da nossa Ordem, um texto antigo, porque não é preciso inventar coisas novas. Aqui fica uma última mensagem, a juntar às outras, como último elo do nosso ADN:





Do Capítulo XLV:

“Sem dúvida nós, todos os mortais que vivemos neste miserável mundo, estamos sujeitos e expostos a mil perigos e calamidades. Mas, neste capítulo, pareceu-me consentâneo tratar dos perigos especiais dos advogados, para que eles se possam precaver melhor. Para tanto, darei algumas regras, pois desejo uma vida suave aos nossos patronos (…). No meu entender, o primeiro e capital perigo dos advogados é a avareza, por causa da qual alimentam às vezes causas injustas (…). O segundo perigo dos advogados é aquela nunca assaz deplorável miséria de que fala o Eclisiastes (…). Ó coisas mal adquiridas pelos advogados! O que mal se adquire mal se vai (…). Acumulai tesouros, bons advogados, no Céu, onde não entra a ferrugem; servi-vos de coisas adquiridas com justiça (…). O terceiro perigo dos advogados é a adulação, com que muitíssimas vezes iludem os clientes, anuindo aos feitos deles e defendendo acções inteiramente terríveis ou péssimas contra a verdade (…). Fala livremente e, se o cliente não procede bem, aconselha-o a desistir, e não receies reprová-lo. Louvar tudo, tanto o que está mal, como o que está bem, não é próprio de um homem prudente e honesto (…). O advogado também corre o perigo da honra, quando perde uma causa que por considerar justa aconselhou ao seu cliente (…). Um dos grandes perigos dos advogados também está no actual costume de os patronos se atacarem e injuriarem uns aos outros (…). Defenda cada um, quanto puder, a sua parte, mas não ofenda o patrono adversário, porque o litígio não é entre os advogados, mas entre as partes (…). A pobreza também costuma ser hostil aos nossos advogados, porque às vezes mesmo os mais talentosos não adquirem o necessário (…). Quando o advogado é pobre e não ostenta uma biblioteca sumptuosa, afastam-se dele com certeza; os homens apenas seguem a riqueza e a prosperidade (…). Supõem os homens que, sendo tu pobre e necessitado, não podes dar frutos ubérrimos. Mas então? Procurais no advogado dinheiro ou ciência? Se o primeiro, correi para os mercadores; se a segunda, que para mim está sempre em primeiro lugar, entrai em casa do patrono pobre e muito necessitado (…). A terra sem dúvida tanto se abre para o pobre como para o rico. Os ventos agitam mais vezes os pinheiros altos, e as torres desabam com maior fragor. Nas dificuldades sê forte e animoso.”



Do Capítulo XLVIII:

“O sossego é muito útil às artes e ao direito. O advogado deve estar afastado dos barulhos exteriores e ruído dos artífices (…). Ora este privilégio é-nos concedido, porque no nosso estudo reside utilidade pública (…). Por conseguinte o terrível artífice que martela perto das escolas e dos nossos advogados, poderá de certeza ser afastado (…). Afastem-se, pois, de nós os perturbantes artífices, principalmente os que trabalham com horrível gritaria e enorme ruído (…). Quem pois, dentre nós poderá suportar estes barulhos? (…) Eu, graças a Deus, vivo afastado dos artífices mas sou inquietado por mariolas que cantam e dançam junto ao limiar das casas. Fazem gala em esgotar espúmeas taças e em se ensoparem em copos transbordantes, saltando depois ao som de paupérrimas violas e dos sestros pátrios (…). Portanto, segue-se do exposto que, quando não podemos morar comodamente noutro lugar, o terrível artífice deve ser afastado (…) e, mesmo, quando o artífice precede o advogado, mas pode habitar noutro sítio, digo que temos a preferência (…) E o mesmo se verifica em impedimentos semelhantes, como maus cheiros, importunos toques de sinos, e vozearia hostil (…). Deus nos conceda a tranquilidade, para podermos trabalhar neste mundo e nos dê casa apta para o estudo, pois é precisa ao advogado. No dizer dos Doutores, a casa do advogado é oráculo de toda a cidade, remédio dos pobres e algumas vezes precioso alívio dos ricos”.

 Clicando aqui podemos ver mais.

23/11/10

Manuel Cordeiro e Pedro Raposo incitam ao voto na lista M



Caros Colegas,
Está a chegar ao fim mais uma campanha para os Órgãos da nossa Ordem.
Dia 26 vamos a votos, sendo que sejam quais forem os resultados teremos todos muito trabalho pela frente.
Da actual campanha ficou claro o que nos distingue, como claro ficou o que nos deve preocupar e unir www.ordemparaagir.com.
A nossa Ordem necessita de uma vez por todas de resolver os problemas do passado, colocar uma “pedra” sobre questões antigas, unir-se em torno, não de pessoas ou candidaturas, mas sim de um propósito comum — a salvaguarda dos interesses dos Advogados e da Advocacia em geral.
No que a nós diz respeito, no dia 26 deixarão de existir listas ou candidatos, passarão a existir órgãos eleitos em torno dos quais, independentemente de quem for eleito, nos teremos de unir e empenhar.
É este, como sabem, desde o inicio da campanha o nosso propósito e, formalmente, o nosso compromisso.
A Ordem necessita de uma nova legitimidade, necessita do voto de todos nós!
Está na altura de termos uma Ordem para agir, mas esta só será possível com o empenho e apoio de todos os Advogados.
Um abraço,
Pedro Raposo
Manuel Cordeiro
Hoje, também na Advocatus

08/11/10

Mensagem de Rogério Alves



A Ordem dos Advogados é uma entidade essencial, insubstituível e preciosa para o Estado de Direito. Na luta pela liberdade consolidou o seu enorme prestígio. As turbulências contemporâneas que atravessa, o penoso espectáculo de divisão e guerrilha que exibe vezes de mais, não alteraram a sua identidade. Os fenómenos epidérmicos passam. A boa história prevalecerá. A Ordem legitima-se na defesa da dignidade da advocacia, fundeada numa proximidade estreita com as advogadas e os advogados. Proximidade significa união nas boas causas, na defesa das prerrogativas da profissão. O segredo profissional, as imunidades, todas as demais garantias do exercício da nossa actividade, têm nos conselhos distritais aliados essenciais. Os conselhos distritais devem exercer as suas funções com dinamismo, energia e combatividade, vectores de atracção e mobilização de todos(as) os(as) colegas. Os conselhos distritais usam as suas atribuições ao serviço da advocacia, O Pedro Raposo é um jovem advogado, que caldeia um enorme dinamismo com uma capacidade de trabalho em equipa adequada às exigências da modernidade. Por isso lhe dou o meu apoio entusiástico e o meu voto. Porque a nossa Ordem tem de garantir o tal papel único e intocável, com todos e para todos.

Rogério Alves

Mensagem de António Raposo Subtil


O lema do triénio 2004/2007 - uma Ordem ao serviço de todos-, quer no plano estatutário quer na lógica corporativa institucional, incorpora o sentido do lema da candidatura liderada pelo Colega Pedro Raposo - uma Ordem para Agir.

Retomar, por via da acção determinada da equipa liderada pelo Colega Pedro Raposo, a elaboração dos relatórios da justiça (estatística, diagnóstico e medidas concretas) no interesse de todos constituirá uma mudança muito positiva na gestão do CDL, que no último triénio suspendeu a dinâmica do passado, que tanto dignificou o papel da Ordem junto dos restantes operadores judiciários.

Lutas internas na Ordem, discussão de casos concretos na comunicação social, indiferença perante as consequências da degradação do estado da justiça foram as traves mestras da gestão da Ordem que urge substituir em benefício de todos.

Estou seguro de que a equipa liderada pelo Colega Pedro Raposo tem programa, vontade, credibilidade e todas as condições para atingir tal desiderato.

Uma Ordem para Agir deve merecer o apoio de todos os que desejam uma gestão do CDL empenhada e preocupada com o "mau estado do funcionamento das estruturas judiciária -tribunais-", que, no interesse dos Colegas e dos cidadãos, será caracterizado e denunciado nos Relatórios da Justiça que serão elaborados e objecto de divulgação, como aconteceu no passado.

Agir na Ordem e pôr a Ordem a Agir, é a mudança que precisamos e desejo!

Boa sorte e obrigado pelo vosso empenho.

A. Raposo Subtil

APROXIMAR A ORDEM DOS ADVOGADOS

Caros Colegas, Advogados e Advogadas do Distrito de Lisboa,

De nada serve incomodar-vos com descrições o estado actual da nossa profissão que é bem conhecido de todos. De nada nos serve a lamúria ou a crítica violenta e apaixonada.

Esta é a convicção de todos quantos aceitaram o desafio do Pedro Raposo para integrar a nossa lista e que perpassa em todo o nosso programa disponível aqui: www.ordemparaagir.com/

Não estamos, esgotados, cansados, falidos ou descrentes. Estamos confiantes.

Uma parte significativa dos membros destas equipas que agora se apresentam a votos para o Conselho Distrital de Lisboa e para o Conselho de Deontologia, já trabalha ou trabalhou para a Ordem, com a Ordem, na Ordem, pelos Advogados.

Quando se candidataram, fizeram propostas, estabeleceram objectivos. E, numa prática pouco comum, apresentaram resultados, deram conta do seu trabalho ao longo dos tempos e, mais importante ainda: não o querem deixar a meio.

Melhor: querem ter mais trabalho, querem estender ao Conselho Distrital de Lisboa e aprofundar aqui os métodos de trabalho, os princípios e os valores que os orientaram, com os resultados que estão à vista de todos: substancial redução de pendências e de prazos de decisão no Conselho de Deontologia, nuns casos, significativa ligação entre as Delegações e os Advogados que as integram, noutro. Refiro-me aos que, integrando a nossa lista, já trabalham para a Ordem, logo para todos nós. Sem visibilidades, sem estridências, por pura convicção, dedicação e gosto. E que assim querem continuar.

Foi o exemplo deles que me convocou, a mim e a outros que se juntaram à equipa.

E estamos convictos de que esse exemplo chamará mais Advogados à Ordem, porque ela será mais activa e presente no seu dia-a-dia.

Somos uma equipa coesa e diversificada, que vale mais no seu conjunto do que cada um de nós sozinho e acreditamos que a Ordem também o pode ser. É também este espírito de equipa, de corpo, que queremos imprimir ao nosso Conselho Distrital.

Este é um projecto que pretende despertar, interpelar, chamar os Advogados ao local onde todos nos encontramos: uma profissão comum, cujo exercício tem, mais do que muitas outras, o especial encargo ser também um exercício da cidadania ao serviço da Justiça e da lei.

Na apresentação do nosso projecto temos encontrado muita vontade de diálogo (os advogados gostam de falar, e gostam de falar uns com os outros) e, nos mais diferentes contextos, apesar de tudo, uma linguagem comum, o que nos faz acreditar ainda mais que é na proximidade que está o caminho certo para o fortalecimento das nossas relações e do nosso espírito de corpo profissional.

Esta é uma das razões pelas quais, no nosso projecto nos propomos fazer reuniões do Conselho Distrital nas Delegações, ao longo de todo o mandato. Para nos conhecermos, para nos ouvirmos, para discutirmos e depois, dentro das nossas competências e capacidades, agirmos.

Esta é também uma das razões pelas quais achámos que era uma boa proposta interpelar as sociedades de Advogados para indicarem representantes que estabeleçam uma linha de diálogo e comunicação com o Conselho Distrital.

E estas são algumas das razões pelas quais nos candidatamos e pelas quais pensamos ter as condições e qualidades necessárias para os Advogados nos darem o seu voto.

Rita Maltez

05/11/10

Entrevista de Pedro Raposo à Advocatus

Pedro Raposo, candidato CD Lx da Ordem, entrevistado na sétima edição do Advocatus, defende, falando sobre a sua candidatura à presidência do Conselho Distrital de Lisboa, que “qualquer advogado que se ache capaz de criar uma equipa e desenvolver um projecto alternativo àquele que foi feito nos últimos três anos tem a obrigação de estar disponível”.
Aqui:  Advocatus
 
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